terça-feira, 17 de novembro de 2009

#3

Tal como a Sra Doutora mandou, fiz a semana passada as primeiras análises de sangue.
Já não me lembrava do meu tipo sanguíneo e mais mil e uma coisas a verificar antes de ter a autorização para poder começar os "treinos".

Conclusão n°1: eu sou A- e o S. é A+= pequeno problema. Ok, não é nada extremamente grave, mas teremos que ter isso em consideração. Também eu nasci com o mesmo problema, e estou agora estou bem, levei uma transfusão sanguínea à nascença e umas passei umas semanitas no hospital.


Incompatibilidade sanguínea:
Tudo parece estar a correr bem com a sua gravidez. Após os testes normais, surge a questão do médico: 'Qual o seu tipo de sangue e o do pai da criança?'. A resposta pode vir rápida ou com alguma hesitação e, à primeira vista pode não parecer muito importante.
O seu sangue pode ser A, B ou O, numa categoria, e Rh+ (o que significa que tem no sangue uma substância chamada factor D) ou Rh- (se não tiver o factor D).
Se a mãe for Rh+ e o bebé for Rh-, não se coloca qualquer problema, o mesmo acontecendo nos casos de ambos serem Rh+ ou Rh-.
Uma mãe com factor Rh- e que tenha uma gestação com um homem com factor Rh+, tem probabilidades de gerar um feto com o factor Rh+ (herdado do pai), o que irá criar a chamada incompatibilidade sanguínea.
A dificuldade é criada quando o sangue do bebé se mistura com o sangue da mãe. As circulações sanguíneas da mãe e do feto ocorrem em vasos sanguíneos completamente independentes, mas esses vasos estão muito próximos da placenta. Esta pode sofrer pequenas rupturas, que fazem com que as células sanguíneas do bebé penetrem na circulação da mãe. O que acontece nestes casos é que o organismo da mãe reconhece essas células como corpos estranhos e vai gerar anticorpos (anti-D) que vão atacar os glóbulos vermelhos do bebé.
As consequências deste ataque podem levar ao falecimento do bebé na gestação ou após o nascimento, ou podem resultar num recém-nascido com grave icterícia, com um acompanhamento de deficiência mental, paralisia cerebral e surdez (Eristroblastose fetal).
Em casos em que a criança nasce afectada, pode mesmo realizar-se uma transfusão total de sangue Rh-, que não será destruído pelos anticorpos da mãe, transfusão pode ser efectuada com o feto ainda no útero.
Os casos de incompatibilidade são menos graves para o primeiro filho, mas os anticorpos gerados permanecem no organismo da mãe e se esta voltar a ficar grávida de um bebé Rh+, poderão facilmente atravessar a placenta e atacar os glóbulos vermelhos. A gravidade da enfermidade depende ainda do grau de sensibilização da mãe.
Hoje em dia já é possível detectar esses problemas, após determinados exames específicos para o caso, e pode ser aplicada uma vacina, geralmente na 28a. semana de gestação.
Outro tratamento adicional para as mulheres nesta situação passa pela utilização de uma substância conhecida como gamaglobulina anti-Rh, administrada à mãe no espaço de 72 horas após o parto.
Trata-se de um concentrado que vai bloquear o processo de sensibilização que produz os anticorpos contra o sangue do bebé, revestindo todas as células Rh+ que penetram na sua circulação e impedindo-as de dar origem à produção de anticorpos.
Os casos de incompatibilidade entre mãe e feto têm uma incidência calculada em um para cada 150 a 200 nascimentos. Foi em 1932 que Louis Diamond diagnosticou pela primeira vez a incompatibilidade sanguínea, conhecida como factor Rh.


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